Em Bom Retiro, comerciantes reclamam das taxas altíssimas que tem que pagar por conta dos cartões de crédito. Há cerca de 6 meses alguns lojistas não aceitam mais cartões e pedem para não insistir. Já outros aceitam, mas com condições de valor mínimo de R$ 50,00 no débito e de R$ 100,00 no crédito.E quando jornalistas tentaram entrar em contato com os responsáveis das redes de cartão de crédito, a MasterCard não respondeu as críticas e a Visa diz que suas porcentagens são compatíveis com os serviços prestados.
Alguns consumidores deram suas declarações sobre o assunto.
Julieta Mendonça, costureira, foi até a rua José Paulino, e reclama: “ Em pouquíssimas lojas conseguimos usar cartões “.“ Nos shoppings, ao contrário, há parcelamento em até 4 vezes sem juros”.
Izelte Borges e sua filha Bárbara, tiveram de correr para uma agência de banco afim de sacar:“Viemos do ABC para comprar um vestido de festa, mas, apesar do alto preço, R$ 200, não pudemos pagar com cartão. Absurdo, ninguém sai com bastante dinheiro na carteira hoje em dia.”
Declaração de uma gerente de loja que só aceitou falar na condição de não ter no nome divulgado: "As taxas cobradas pelas operadoras dos cartões são caras. Quando chega a época de liquidação, deixamos de pegar, porque a maioria das peças é vendida a R$ 20, e alguns comerciantes a partir daí param de vez. Depois que um faz isso, os vizinhos vão atrás".
Todos estes problemas com cartões, fez com que a circulação de cheques aumentasse.Máquinas preenchem e conferem autenticidade. Exige-se cadastro, consultam-se informações pessoais com os terminais dos serviços de proteção ao crédito.
Declaração de um dono que diz não se assustar com cheques sem fundo: "Estamos protegidos."
